Havia uma arena lotada torcendo contra elas, um forte calor (28 graus, mas com uma sensação térmica muito maior devido à umidade de 94%) e uma rival de 1,96m a ser ultrapassada do outro lado da rede. Mas Juliana e Larissa superaram tudo isso.
"Os três obstáculos foram muito difíceis: a torcida contra, o sol, e a Bibi (Candelas), que parecia estar com 2,20m de altura e não com 1,96m", festejou Juliana. Ela e a parceira Larissa salvaram quatro match points no tie-break, onde chegaram a estar perdendo por 13 a 10. "Ali passou pelas nossas cabeças o "filminho" dos 10 anos em que jogamos juntas e isso nos ajudou. Teve uma hora em que a Larissa falou: a torcida está gritando "ouro", "ouro". Nessa hora eu nem estava ouvindo de tão concentrada. Foi um vitória com a nossa cara, com muita superação", vibrou Juliana. "Estou feliz demais! Quando estávamos perdendo o tie break lembrei muito do Campeonato Mundial, em Roma, e falei: não vamos perder esse jogo. Somos brasileiras e não desistimos nunca!", celebrou Larissa.
No primeiro set, vencido pelas brasileiras em 17 minutos, Juliana e Larissa chegaram a estar atrás no placar em 5 a 3, mas viraram em 6 a 5 e não perderam mais a dianteira. A diferença chegou a cinco pontos em 17 a 12, com um ataque para fora de Candelas. As mexicanas ainda diminuíram para 17 a 14, com um ace de Garcia, mas as campeãs mundiais souberam manter a liderança e fecharam em 21 a 15 após Candelas tocar a rede.
No segundo set, as mexicanas começaram num ritmo forte e fizeram 4 a 0. As brasileiras foram encostando e empataram em 11 a 11 com um ótimo saque curto de Juliana. A partida seguiu parelha e as mexicanas salvaram dois match points (20 a 19 e 21 a 20) antes da virada para fechar o set em 24 a 22, em 20 minutos.

"Recebi o cartão vermelho do nada, mas serviu para nos dar mais vontade de ganhar. Pensei comigo: vamos ganhar assim mesmo!", afirmou Larissa. Após empatarem o jogo em 13 a 13, as brasileiras salvaram o primeiro de quatro match points que tiveram contra no tie break - já as mexicanas salvaram outros três. Até que a recepção mexicana falhou, a bola voltou de graça para a quadra brasileira e um ataque de Juliana selou a vitória da dupla do Brasil, que fez 22 a 20 no tie break, em 22 minutos.

"Ser campeã do Circuito Mundial seis vezes é muito difícil. A cada ano que passa, vemos a evolução das outras duplas e é muito bom sentir esse gostinho de um título, mesmo que seja sem a necessidade de entrar em quadra para garanti-lo. Estou muito feliz, é mais um título para consagrar esse trabalho que fazemos com tanto carinho e dedicação", comemorou Larissa, via assessoria.
"Foi a temporada mais difícil que enfrentamos nos últimos anos. Tivemos muitos altos e baixos, mas tivemos força e concentração para superar os momentos ruins. Estas oscilações nos mostram que ainda temos para onde crescer", acrescentou Juliana.
"Vencer o Circuito Mundial com uma dupla como Walsh e May [campeãs em Atenas-2004 e Pequim-2008] disputando todas as etapas dá um peso ainda maior a esta conquista e um gosto bastante especial", afirmou Juliana.
Fonte : UOL e Divulgação
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