Após ler um texto escrito pela Ana Sofia, torcedora que acompanha nossa dupla sempre, resolvi abrir um espacinho no blog para divulgá-lo visto que assim como ela, já tive vários dias que parei para pensar, escrever e relembrar tantas coisas que acontecem em relação a dupla. Seja estes momentos com a dupla, seja se espelhando em atitudes delas, seja analisando num todo o vôlei de praia desde comentários da mídia como também a falta de valorização para com os atletas, para com a nossa dupla etc...Acredito que estamos sempre tomados por algum sentimento, emoção que muitas vezes não expressamos a alguém. Muito não conseguem expressar todo o sentimento q passam outros até resolvem divulgar em redes sociais, blogs etc...
Assim tomei a liberdade após ler o texto da Ana pedir a ela para postá-lo aqui no blog, pois muitas coisas que ela descreveu foi o mesmo sentimento que tive essa semana e acredito que assim como ela muitas pessoas tbem possam interagir com os mesmos pensamentos, sentimentos e emoções q ela destacou no texto, se concordam ou não isso vai de cada ser humano....Porém achei bacana por ter sido uma etapa que mexeu realmente com ela e a fez escrever tudo q escreveu abaixo.
Então segue o texto da Ana Sofia e o espaço torcedor esta aberto no blog para todos que quiserem mandar algo relacionado a dupla.
Etapa perfeita de Larissa/Juliana (1 to 1 Energy Grand Slam – Gstaad, Suíça)
Esta Etapa foi o que se poderia chamar de perfeita, pelo menos no meu entender, para Larissa e Juliana. Creio, porém, que elas não concordariam com essa afirmação, pois, atletas de ponta que são, certamente jamais se conformam com seu próprio desempenho, procurando sempre evoluir, nem se deixam levar pelos afagos da mídia, que se vão tão céleres quanto vêm, substituídos por críticas às vezes injustas sobre qualquer aspecto de somenos importância no cômputo geral.
Depois da fantástica conquista do Campeonato Mundial, Larissa e Juliana finalmente atraíram a atenção da mídia e do grande público: apareceram na televisão, foram destaque em jornais e revistas, chamando um pouco de atenção para a Etapa seguinte, o Grand Slam de Stavanger, Noruega.
Porém, o resultado não foi o esperado e o que mais repercutiu foi o tempo técnico das atletas, sobre o qual qualquer interpretação que venha de fora não poderá entender o que aquilo significa no jeito de ser de cada uma da dupla e no seu modo de jogar, afinal quem somos nós, meros espectadores, para nos intrometer na dinâmica de funcionamento de uma dupla tão bem sucedida ou para julgar a atitude de quem quer que seja? Quem somos nós para, do lado de fora da quadra, no sossego dos nossos lares, entender o que se passa numa quadra de areia no calor da emoção e do jogo?
Contudo, a reação já estava por vir. Na própria disputa do terceiro lugar, que acabou lhes rendendo o bronze na Etapa, Larissa e Juliana já mostraram a que viriam no próximo Grand Slam e, desde então, senti que o próximo seria delas! Até porque, desconsiderando os descartes que são aplicados para a definição das Campeãs do Circuito Mundial (Swatch World Tour), sua posição no ranking ficara bem prejudicada: 480 pontos atrás das líderes Kessy e Ross, dos EUA.
E foi delas sim. Passaram invictas pela fase de grupos, o que não acontecera nos dois primeiros Grand Slams do ano e, mais importante, já derrotando a dupla Holtwick e Semmler, que, insistentemente, cruzava o caminho da dupla impondo derrotas até certo ponto inesperadas[i].
Também passaram por Kuhn/Zumkehr, que as derrotara no mesmo malfadado Grand Slam de Pequim, o que lhes custou o 1º lugar na fase de grupos. Foram elas as adversárias para chegar nas semifinais: 2x0, com parciais de 21x18 e 21x12, mais um trauma superado!
Restava saber quem seriam as adversárias na semifinal. A lógica indicava que teríamos mais um Larissa/Juliana x Walsh/May, reedição da final do Campeonato Mundial, mas estas também ficaram pelo caminho; a exemplo das conterrâneas líderes do ranking (sem os descartes) que ficaram em nono. A esta altura já era possível fazer os cálculos de que, se Larissa e Juliana vencessem a Etapa, a diferença de 480 pontos seria aniquilada e elas assumiriam a liderança com ou sem descartes! Imagino que só nós fizéssemos esses cálculos, pois elas deveriam estar mais preocupadas com as próximas adversárias.
Pois bem, numa semifinal muito bem jogada, onde até meu pai, adepto do futebol e pouco conhecedor do vôlei, se pegou torcendo pela dupla brasileira, Larissa e Juliana conseguiram a vaga para a final contra as chinesas Xue/Zhang Xi. De cara, imaginei uma partida altamente equilibrada como aquela final da Etapa de Sanya: o jogo mais emocionante de vôlei de praia da minha vida! Apesar de não ter podido ver por estar em aula, fui constantemente informada do placar e senti uma enorme alegria ao saber da vitória por 2x0, com parciais de 21x15 e 21x13! Depois, ao ver a partida, tive apenas a confirmação de que elas estavam jogando muito! E, na minha opinião, quando Larissa e Juliana jogam tudo o que sabem e concentradas, é dificílimo batê-las. Como disseram na entrevista ao final, “a confiança voltou”.
Ora, deu tudo certo! Lógico que isso não é resultado de sorte, mas de trabalho sério das meninas e de toda a sua equipe.
É por essas e por outras que admiro bastante a dupla. Gosto de atletas que se chateiam quando não conseguem dar o seu melhor e vão em busca de aprimoramento. Atletas que não ganham sempre, por óbvio, mas de quem sempre se pode esperar que vão dar seu melhor em busca do resultado. Atletas que podem vir de uma etapa não muito boa, mas sobre as quais é possível saber que, em lugar de voltarem abaladas, retornarão ainda mais fortes, comprometidas e concentradas.
Assim é que a dupla Larissa/Juliana segue conquistando títulos, batendo recordes, ganhando prêmios, mas, mais do que isso, transmitindo emoção para seus torcedores e admiradores, que voam com a Larissa em cada defesa impossível por ela feita, saltam com a Juliana a cada bloqueio salvador no final do set, atacam e largam junto com elas para marcar os pontos, sofrem também quando as coisas não vão bem e, principalmente, orgulham-se de verem-nas levando o nome do Brasil pelo mundo!
Que elas possam ser cada vez mais reconhecidas e valorizadas por nós, brasileiros, não para receberem cobranças ou críticas, mas para serem incentivadas e sentirem que não jogam sozinhas: aqui fora tem uma galera que torce muito!
Que venha o hexa!
[i] Holtwick/Semmler eliminaram Larissa e Juliana do Grand Slam de Pequim, quando a dupla brasileira amargou um 17º lugar que, há tempos, não fazia parte de sua estatística; depois venceram de novo no Grand Slam de Stavanger, quando a dupla campeã mundial ficou em 2º na fase de grupos.
Está aí valeu Ana e parabéns pelo texto, particularmente como te falei gostei muito haahha.
Um comentário:
Obrigada por ter publicado meu texto, Karina! Muito bom você ter aberto este espaço aqui no Blog para a gente compartilhar nossas impressões também! E vamos continuar torcendo: esta semana tem mais! Valeu mesmo!
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