Entrevista exclusiva com a melhor dupla de praia do mundo: Larissa e JulianaAcritica.com - Manaus - AmazonasElas são consideradas a melhor dupla de vôlei de praia do mundo, e este posto é resultado de inúmeras conquistas que Juliana e Larissa alcançaram através de muito esforço e determinação. O currículo da dupla é invejável. Nele consta um pentacampeonato do Circuito Mundial. A dupla ainda entrou para o Livro dos Recordes (Guiness Book - 2011) por fazer o maior número de pontos, 83, em uma partida de praia, contra as bicampeãs olímpicas Kerri Walsh e Misty May. Juliana recebeu o prêmio de melhor jogadora do mundo e Larissa foi eleita a segunda melhor pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Mesmo tendo conquistado o tetracampeonato nacional do Circuito BB 2010, e com tantas vitórias, a dupla prefere não se deslumbrar e manter os pés na areia para que toda a sintonia e a técnica que adquiriram após anos de “casamento” possam continuar a dar bons frutos.
“Isso é consequência de muito treino e dedicação. Começamos a competir juntas, efetivamente, em 2004. Desde então, estamos batalhando etapa por etapa para atingir sempre o melhor. Não considero que atingimos uma perfeição. Pelo contrário. Ainda temos muito a fazer", considerou Juliana, que em 2008 deixou de participar das Olimpíadas de Pequim após uma contusão no joelho, comovendo a nação canarinho que sonhava, junto com a dupla, com o ouro olímpico. Na época, Larissa fez dupla com Ana Paula Connely, mas foram eliminadas por Walsh e May nas quartas de final.
E a dupla norte-americana, que este ano já retornou aos treinos e às disputas, parece não amedrontar as brasileiras. Pelo contrário, segundo Larissa e Juliana, as competições ficarão ainda mais quentes. “Walsh e May são adversárias e foi bem legal voltar a jogar contra elas. Certamente o retorno delas elevou o nível dos torneios na disputa desse ciclo Olímpico que começou. Elas são jogadoras de qualidade, que já conhecem o caminho das vitórias”, ressaltou Larissa.
Neste ano tem o Pan Americano, em Guadalajara, no México, e no ano que vem, os Jogos olímpicos de Londres, onde buscarão o lugar mais alto do pódio, mas Juliana sabe que até lá a dupla tem muita areia para pisar. “Temos torneios a disputar e a Copa do Mundo. Só depois disso é que vamos voltar nossas atenções para o Pan” disse.
Juliana vibra com retorno de rivais
“Esse é sempre um confronto difícil. Walsh e May são bicampeãs olímpicas e são jogadoras de qualidade incontestável. Para nós, a volta delas foi maravilhosa pois aumenta o nível da competição. O ciclo olímpico já começou”
Larissa lembra do início da dupla
“Desde pequena, sempre pratiquei esportes. A primeira chance de me dedicar ao esporte aconteceu em 2001 quando fui convidada para o projeto da CBV de vôlei de praia, em Fortaleza, em 2001. Foi quando conheci Juliana e começamos a planejar nossa carreira”
Juliana e Larissa, melhores jogadoras de vôlei de praia do mundo e favoritas ao ouro olímpico
1 O que vocês acham do Brasil como sede de 2016? Até lá a dupla ainda vai defender o País?
Larissa: Foi emocionante ver que o Brasil, celeiro de tantos atletas e campeão em diversas modalidades, ganhou a primeira oportunidade de ser sede das Olimpíadas. Torço para que tudo dê certo. Mas não gosto de fazer planos para um futuro distante. Estamos focadas agora no Mundial e na temporada que teremos pela frente.
Juliana: Acho que essa é uma boa oportunidade de mostrar nossa capacidade não só de competir de igual para igual, mas de promover também grandes eventos. O futuro só a Deus pertence e, por isso, nós duas pensamos jogo a jogo, torneio a torneio. Nesse momento, preferimos pensar que temos outros objetivos a atingir antes de 2016.
2 Larissa, como é ser a maior vencedora de torneios do Circuito Mundial com 39 conquistas (a segunda é Juliana com 38 conquistas)?
É uma grande honra. Mas é importante dizer que sozinha não conseguiria nada. Isso só foi possível porque tenho Juliana ao meu lado, além da nossa comissão técnica e do nosso patrocinador Supergasbras
3 Juliana, você considera a Kerri Walsh e Misty May como as principais rivais?
Esse é sempre um confronto difícil. Walsh e May são bicampeãs olímpicas e são jogadoras de qualidade incontestável. Para nós, a volta delas foi maravilhosa pois aumenta o nível da competição. Nesse momento, o nosso foco está apenas no Circuito Mundial porque o ciclo olímpico já começou.
4 Há quanto tempo formam dupla, como se conheceram? Sempre sonharam e ser jogadores de vôlei?
Larissa: Sempre pratiquei esportes. Em 2001 fui convidada para o projeto da CBV de vôlei de praia, em Fortaleza, e foi aí que conheci Juliana e começamos a planejar nossa carreira.
Juliana: O vôlei de praia é nossa vida. É preciso ter coragem para optar por esse esporte no Brasil. Ele é caro e gastamos muito com viagens e com comissão técnica. Felizmente temos o patrocínio da Supergasbras.
União a cada ponto
A dupla brasileira comemora mais um ponto conquistado na etapa da cidade de Stare Jablonki, na Polônia, pelo Circuito Mundial de 2010.
Placas, troféus e sonho
Receber prêmios como destaque é uma rotina na trajetória das meninas brasileiras. No ano que vem, o sonho do ouro olímpico é uma obsessão.
A vitória é certa até sem biquíni
Nem o frio do leste europeu é capaz de congelar a dupla mais vitoriosa das praias. Dedicação, uniam e pés no chão formam o tripé da escalada delas rumo ao topo.
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