Segue Matéria do site da Globo:
Larissa completa 28 anos com fome de desafios: ‘Ainda quero comer muita areia’
O calendário mostra que o tempo passa: a tetracampeã mundial Larissa completa 28 anos nesta quarta-feira. Apesar de se sentir realizada profissionalmente, a paraense quer deixar a aposentadoria bem longe e garante que não sente nem um pouco a tal "crise dos 30”. Novamente ao lado de sua parceira, Juliana, a jogadora inicia na próxima semana mais uma temporada do Circuito Mundial na etapa de Brasília. Movida a desafios, já deixa claro qual é o objetivo: “O penta vem aí, com certeza”.
Você está completando 28 anos. Qual é o balanço que faz da sua carreira até agora?
Meu técnico brinca que eu sou “gato” (gíria para o atleta que adultera a idade). Ele diz que eu já devo ter uns 32 e fico dizendo que vou fazer 28. (risos). Na verdade, tudo isso é porque ele gostaria que eu fosse mais nova. Mas eu não queria ter 26, nem 32. Estou muito feliz com a história que escrevi nesses anos. Cada dia que passei foi muito legal, o vôlei fez eu realizar muitos sonhos. Cresci tanto como ser humano, mulher, jogadora. Mas sei que tem muito caminho pela frente. Ainda quero comer muita areia.
Você tinha dito que queria parar após os Jogos de Londres-2012. Mas mudou de ideia depois que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede das Olimpíadas de 2016. Superar os limites do tempo é um desafio para você?
Meus irmãos costumam dizer que eu não gosto de perder nem em arremesso de pedra. E isso é a maior verdade. Quero ganhar em tudo, tenho esse espírito competitivo e olímpico comigo. Até demais (risos). Sei que tinha dito que ia parar, mas é o meu país. Quero vencer em casa. Vamos ver até onde consigo chegar.
O Circuito Mundial começa na próxima semana. A sua dupla com a Juliana é a atual tetracampeã, título conquistado depois dela superar a lesão no joelho e o acidente de carro. Como você encara esse novo início da competição?
Já são sete anos de experiência, com momentos bons e ruins. Acho que essas idas e vindas amadurecem muito a gente. Aprendemos a lidar com a pressão e as horas difíceis. Ano passado, não sabia se começaria o ano com a Juliana, já que ela ainda estava se recuperando. Mas, finalmente, ela voltou e ainda foi eleita a melhor jogadora do Mundial. Isso me deixou muito feliz, é como se fosse família. Esse ano estamos estabilizadas, com tudo certinho. Vai ser melhor ainda. O penta vem aí, com certeza.
Um dos duelos mais esperados do Mundial é sempre Juliana/Larissa contra Walsh/May. Esse ano, a Walsh não disputará a estreia, pois está grávida, e a May atuará ao lado da Nicole Branagh. Como você analisa o nível da disputa?
O Brasil tem hegemonia total. Mas é claro que a competitividade fica bem maior quando as duas jogam. É mais desafiador. Acho que esse ano o Mundial está bastante acirrado, motivador. Há um grande respeito das rivais com a gente e da gente com elas também. Só posso garantir que estou muito satisfeita por manter a minha parceria no topo por todos esses anos. Não é prepotência, mas sinto uma alegria muito grande de poder entrar em quadra com o favoritismo do nosso lado depois de sete temporadas.
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