sábado, 26 de julho de 2008

Dupla embarca para a Áustria e Pequim

Há 37 dias, o vôlei brasileiro se impressionou com Juliana sentada em uma cadeira de rodas, chegando em Fortaleza com uma proteção no joelho e com esperanças pequenas de ir às Olimpíadas. Neste sábado, a atleta aproveitou para se despedir dos familiares e ganhar mais uma força na luta que teve para se adaptar ao joelho direito lesionado, esbanjando otimismo e com muita fé em sua recuperação, Jú, que forma com Lari a principal dupla do vôlei de praia feminino do Brasil, embarcou rumo ao sonho olímpico, caminhando normalmente, sem auxílio, no Aeroporto de Cumbica e pensando já na etapa de Klagenfurt do Circuito Mundial, que marca sua volta às quadras.

Após uma semana de treinamentos intensivos no Centro de Desenvolvimento de Saquarema para fortalecer a musculatura e, assim, proteger o joelho, a atleta garante que está inteira e que a lesão não será obstáculo. - Se eu fosse operar, iria ficar vendo a Larissa jogando pela televisão. Batalhei muito tempo para ter a chance de disputar os Jogos Olímpicos e não é o joelho que vai me atrapalhar. Por isso, estou desafiando os mitos, com muita fé em Deus. Fiz um trabalho forte que me dá condição de jogar bem, sem limitações - afirma.


Em Pequim, a santista ainda terá de atuar com uma joelheira especial no local, mas assegura que a maior dificuldade já foi superada. Ao lado da parceira Larissa, com quem fará a estréia olímpica, a jogadora não escondeu o sorriso e a felicidade de estar tão perto de concretizar um sonho que muitos davam como perdido.

"Todo mundo ficou apreensivo, mas acho que quando uma pessoa quer algo e tem força de vontade, ela supera todos os obstáculos. Você é capaz de remover montanhas", resume Juliana, que jogará a etapa austríaca apenas para adquirir ritmo de jogo. "Lá eu quero voltar a jogar. O teste no joelho para mim foi desde quando voltei de Paris. Cada dia para mim foi um teste e isso está superado", diz.

Jú garante que os jogos na Áustria não serão apenas testes para saber como o joelho operado irá se comportar, mas sim uma oportunidade para ela adquirir ritmo de jogo. - Não vou testar o joelho. O que tinha de ser testado já foi. Está tudo ótimo. Na Áustria vou jogar para entrar em ritmo e chegar bem às Olimpíadas. O preparador físico da dupla, Oliveira, assegura que Jú está melhor do que antes da lesão. - Ela está pronta para jogar sem limitação nenhuma. Tudo o que tinha para ser feito, fizemos durante os treinos em Saquarema. Pode ter certeza que ela está melhor do que antes.

Cirurgia?

Jú não fala sobre possibilidade de cirurgia após os Jogos de Pequim. Em 2001, ela sofreu lesão idêntica e optou por operar.
- A lesão é igual. Se vou operar ou não dessa vez, é algo que vai ser estudado. Por enquanto, estou concentrada apenas na Olimpíada.

E vamos nós torcer por elas na etapa e depois que venha Pequim....

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