Confiram a matéria sobre o desafio 4x4 que saiu no globoesporte.com
http://globoesporte.globo.com/programas/verao-espetacular/noticia/2012/01/antes-de-encarar-eua-no-4x4-juliana-lembra-levei-nocaute-do-dalhausser.html
Vou colocar na integra matéria do link acima:
Se você pensa que os homens pegam leve nos ataques para não machucar as mulheres no vôlei de praia 4x4 é porque ainda não assistiu a um duelo entre Brasil e Estados Unidos. Atuais líderes do ranking mundial, Juliana e Larissa já provaram “na pele” a força dos vice-líderes do ranking, Rogers e Dalhausser, adversários no Desafio, que será disputado neste fim de semana, na Represa de Guarapiranga, em São Paulo. A modalidade mista exige uma dinâmica diferente do vôlei de praia convencional, disputado em dupla. Enquanto as mulheres são responsáveis por defender e levantar, são os homens que atacam e fazem o bloqueio. E não tem colher de chá.
- Já levei uma bolada bonita do Dalhausser (de 2,06m). O Ricardo me passou uma orientação e quando eu olhei, só vi a bola vindo na minha cara, foi um nocaute. Não vou mentir, não existe nenhuma preocupação de não machucar as mulheres. Eles até pedem desculpas, mas soltam o braço - revelou a hexacampeã mundial Juliana, que, ao lado de Larissa, está classificada para Londres-2012.
Apesar de ser um evento descontraído, Ricardo conta que as meninas às vezes sentem medo dos ataques mais fortes.
- A gente não vai para acertar as mulheres, mas ninguém quer perder, então não tem essa de aliviar. E o Dalhausser acertou a Juliana logo na primeira bola do jogo. Aí ela veio reclamar comigo: "Pô, você falou para eu ficar tranquila, porque ele não bate forte". Mas depois as meninas se soltaram, a Larissa fez inclusive uma linda defesa num ataque do Dalhausser, que acabou em ponto nosso, o 14º do tie-break - disse o campeão olímpico, relembrando o confronto de 2010, quando o Brasil superou os Estados Unidos por 2 sets a 1 (parciais de 18/21, 21/19 e 15/11), em Serra (ES).
Pedro Cunha, único estreante no Desafio, já avisou que não vai ter pena das americanas Jennifer Kessy e April Ross, dupla quarta colocada do ranking mundial.
- Teremos que passar pelo bloqueio dos homens e vai acabar sobrando para a defesa das mulheres. Não dá para aliviar contra americano, não.
Se a pancada do Dalhausser foi, digamos, inesquecível, Juliana e Larissa garantem que a de Ricardo é ainda mais potente. Portanto, é melhor que as gringas se preparem.
- Por mais que eles não tenham a intenção de machucar, querem sempre ganhar e têm muita força. Nenhum de nós está acostumado à essa modalidade, eu me sinto um peixe fora d'água. Os meninos são muito grandes, a rede é alta (da altura oficial do vôlei de praia masculino), nem que a gente queira dá para bloquear, mas ficamos ali motivando o time, vibrando a cada ponto. Diferentemente da dupla, em que a gente faz um pouco de tudo, no 4x4 cada um tem uma função: eles atacam e bloqueiam, nós defendemos e eu faço o levantamento - afirmou Larissa.
A falta de tempo e a intensidade de treinos para o início do ano olímpico impediram as duplas brasileiras de se encontrarem antes do confronto. Só haverá um treino de uma hora e meia na sexta. Nada que desanime Larissa, convicta de uma vitória verde-amarela.
- Falta um pouco de entrosamento e a nossa estratégia vai ser decidida ali mesmo. O jogo será bem disputado, mas acredito que o jeitinho brasileiro irá prevalecer. O Desafio é muito legal e as duas equipes se respeitam muito. Vamos apoiar o Ricardo e o Pedro, e eles vão proteger a gente das boladas - finalizou.
Em quatro edições do evento, Brasil e Estados Unidos somam dois títulos cada: vitória verde-amarela em 2008 e 2011, e triunfo americano em 2009 e 2010. Agora, chegou a hora do desempate. Neste sábado, a partir das 14h (de Brasília), serão realizados os dois jogos de duplas, que valem um ponto cada, com transmissão do SporTV. Já no domingo, é a vez da partida 4x4, que vale três pontos e vai definir o campeão do Desafio, ao vivo pela TV Globo, dentro do Esporte Espetacular.
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