Juliana coroou com uma medalha de ouro sua volta ao Circuito Mundial ao lado de Larissa. A conquista, além de motivo de festa, também serviu para tirar um peso das costas da atleta. "Tive medo de não conseguir mais jogar em alto nível", revela.
Juliana voltou a atuar este ano. Em seu primeiro torneio, a etapa de Curitiba do Nacional, foi quarta colocada. Depois, Em São José dos Campos, ficou com o vice-campeonato. Já em Brasília ela voltou a atuar incomodada por uma lesão: uma subluxação no mindinho da mão esquerda, o que não a impediu de voltar ao degrau mais alto do pódio.
Pouco antes de conquistar o título em Brasília, Juliana conversou com a reportagem do UOL Esporte e falou das frustrações do período em que teve de ficar afastada. Confira:UOL Esporte:
Você já se considera 100% recuperada. Pronta para jogar no mesmo nível que estava quando se machucou?
Juliana: Ainda não. Hoje eu diria que estou em 70%. Ou melhor, 65%. Ainda preciso ganhar mais ritmo. Já não sinto dores, está tudo normal com meu joelho. Mas ainda preciso melhorar um pouco.
UOL Esporte: Você disse que desistiu das Olimpíadas porque não aguentava ver a preocupação da sua equipe cada vez que você treinava. Hoje, então, essa tensão diminuiu?
Juliana: Diminuiu não. Acabou totalmente. Agora está tudo bem. Estamos trabalhando para ser a Juliana/Larissa de sempre. Ainda vai levar um tempo. Estamos caminhando passo a passo. Sem pressão para sermos campeãs aqui ou ali. Apenas jogando até engrenar novamente.
UOL Esporte: Durante o período em que esteve afastada, você chegou a pensar que não voltaria a jogar?
Juliana: Tive medo de não conseguir ser a Juliana de antes. De não voltar a ter um nível alto o suficiente para acompanhar a Larissa. Mas tive muito apoio da minha família e de toda minha equipe e superei isso.
UOL Esporte: E como foi esse período de afastamento? Você continuou acompanhando o vôlei de praia, os torneios?Juliana:Não. Me desliguei totalmente. Só entrava na internet e via como haviam sido os jogos da Larissa. Mas foi só.
UOL Esporte: Pelo que vimos nessa etapa [Aberto de Brasília], a Larissa não pegou tanto no seu pé como costuma fazer. Não reclamou tanto. Acha que é reflexo do período que ela passou com outras parcerias [Vivian e Sandra Pires]?
Juliana: Larissa é sempre Larissa. Mas acho que ela viu, nesse período [em que jogou com outras atletas], o quanto é bom e importante o nosso entrosamento.
UOL Esporte: Por conta da lesão você não pôde ir a Pequim. Agora já se julga pronta para tentar mais um ciclo olímpico ao lado da Larissa?
Juliana: Calma. Uma coisa de cada vez. Fiz três torneios. Não adianta ficar pensando tão lá na frente. É natural as pessoas esperarem isso da gente, porque somos Juliana e Larissa. Mas vamos dar um passo de cada vez, 'né'?
Nenhum comentário:
Postar um comentário