quinta-feira, 25 de junho de 2009

Campeonato Mundial - Stavanger

Realizado apenas a cada dois anos, o Campeonato Mundial é etapa mais valorizada do Circuito Mundial, com pontuação e premiações diferenciadas, e oferece desafios de sobra aos seus participantes. A edição de 2009, porém, possui um complicador para os brasileiros: o frio.
O torneio deste ano acontecerá em Stavanger, na Noruega. Para o alívio das nove parcerias verde e amarelas na competição, a cidade comemora a chegada do verão. O problema é estação mais quente do ano tem uma temperatura bem diferente por lá. Com sorte, estará por volta de 12 ºC. Muito pouco para quem está acostumado a treinar no Nordeste brasileiro, como as duplas Juliana e Larissa e Márcio e Fábio Luiz.

- Eu, particularmente, sofro muito. Tenho que jogar de luvas, aquela roupa toda. Para jogar no frio, tem que ter muito bom humor. Às vezes, bate um vento e a sensação térmica é de 2 ºC. É uma guerra. E depois as pessoas ainda dizem que é fácil jogar vôlei de praia - brincou Juliana.


Com nove duplas na competição, o Brasil tem boas chances de subir ao lugar mais alto do pódio, tanto no masculino quanto no feminino.
Entre as mulheres, aliás, a disputa promete ser das mais acirradas. Isso porque as americanas Kerry Walsh e Misty May-Treanor, vencedoras das três últimas edições do torneio e bicampeãs olímpicas, não participam da edição deste ano. Walsh acaba de ser mãe pela primeira vez e May ainda se recupera de uma lesão sofrida durante o programa “Dancing With the Stars”.
Melhor para Juliana/Larissa derrotadas pelas temidas americanas na final de 2005, Juliana e Larissa admitem que a ausência das rivais facilita a vida das outras competidoras.
- A gente treina para vencer, independentemente do adversário. Mas é um time bem forte. Óbvio que, se elas não vão jogar, é melhor. Eu não fico chateada porque a Walsh e a May não vão estar lá – brincou Larissa.
Parada por mais de seis meses devido a uma lesão séria no joelho, Juliana voltou a jogar com a parceira Larissa em abril deste ano, e a dupla surpreendeu: venceu duas etapas do Circuito Mundial, já ocupando a vice-liderança do ranking."Só minha mãe acreditou que eu voltaria fazendo tudo isso", brincou Juliana.
"Mas pra mim, já é uma vitória poder jogar de novo. As conquistas vêm naturalmente, e eu posso dizer que estou curtindo este momento".Medalhista de prata em 2005 e de bronze em 2003, a dupla pode enfim desencantar em 2009. "Seria bom, né? Acho que o importante é manter a concentração. Este é o quinto torneio do ano [internacional], mas é diferente em relação ao ritmo de sempre [ao contrário dos Circuitos, o Mundial é disputado em sistema de grupos].
Por isso, há o desafio duplo de manter a constância e de conseguir um pódio. Tem que jogar todo jogo, desde o primeiro, como se fosse a final", analisou Juliana.Favorita desde o início, a jogadora reconhece que ela e a parceira já estão acostumadas a esta situação. "Eu e a Larissa, com ou sem joelho, sem uma mão, sem um ombro, a gente sempre entra como favorita. Mas isso vem de conquistas, e a gente encara de forma positiva", disse Juliana, surpreendendo ao lamentar a ausência de Walsh/May. "Não fica mais fácil. Quando elas estavam, a gente ficava pensando nelas, se preparava para aquele jogo. Como não tem mais, a gente meio que relaxa e acaba piorando. É preciso manter o nível de excelência, e é uma pena que elas não estejam".

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