Algumas duplas possuem tanta
identidade entre seus componentes e com o público que viram quase nome e
sobrenome. É assim, por exemplo, na música, com as famosas duplas sertanejas, e
também no esporte, com algumas parcerias do vôlei de praia: Franco e Roberto
Lopes, Adriana Behar e Shelda, Larissa e Juliana ou Juliana e Larissa...
Difícil pensar a existência
esportiva de uma sem a outra...
Uma dupla que se celebrizou pelas
marcas, pelos recordes, pelo seu jeito peculiar de lidar em quadra, pelas
viradas improváveis e inesquecíveis, pelas vitórias quase sempre “com emoção”.
Larissa: a líder, a razão, a que
mais falava, a levantadora do movimento perfeito, não por acaso escolhida a
melhor levantadora por anos a fio nacional e internacionalmente, a defensora
das bolas indefensáveis.
Juliana: a emoção, a superação, a
que vai pra galera, a bloqueadora implacável, a atacante nata, a três vezes
melhor do mundo.
Características tão diversas e
tão complementares. Personalidades tão diferentes e unidas pela vontade
insaciável de vencer, de conquistar títulos, de subir no lugar mais alto do
pódio, que virou quase que um canto cativo delas nos últimos anos.
Foram seis títulos do Circuito
Mundial, cinco do Circuito Nacional, dois Pan-Americanos, um Campeonato
Mundial, um bronze olímpico, mais de 100 títulos no total da parceria, sendo
que o hepta do Circuito Mundial ainda pode vir este ano, para coroar essa
carreira esplêndida.
Marcas difíceis de serem
alcançadas por outra dupla. Números que impressionam. Estamos mal bem acostumados
a vencer...
Sem dúvida, a separação da dupla
deixa uma tristeza e um vazio no coração daqueles que se acostumaram a torcer
por elas. Afinal, foram dias, noites, madrugadas, acompanhando, quer nas arenas
deste Brasil, quer pela internet, quer pela TV, quer pelo live score, quer por
mensagem de celular... Sua garra e gana várias vezes nos serviram de motivação
para as pequenas batalhas cotidianas...
Nada apagará a bela história que
a dupla escreveu ao longo dos últimos anos, da qual tivemos a honra de ser
testemunhas ou, ousemos dizer, “coautores”, pois vivemos tão intensamente
certas disputas, certas conquistas e algumas derrotas, que poderíamos considerar
que também fomos parte delas.
Neste momento, o que podemos
dizer para as duas é MUITO OBRIGADA, LARISSA E JULIANA, por tudo o que nos
proporcionaram ao longo desses anos! É tempo, pois, de desejar que ambas
continuem vitoriosas em todos os sentidos nas suas trajetórias.
Quanto a nós,
continuaremos na torcida, como sempre!